sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

TEATRO | Companhias teatrais prometem movimentar o circuito cultural de Rio Preto, em 2017

O jornal Diário da Região, mapeou o circuito das Artes Cênicas rio-pretense e destacou 12 grupos de teatro que prometem movimentar a cena cultural de Rio Preto (SP) em 2017. Atores & Mídias compartilha: CONFIRA.
(Imagem:Arte/Clovis Assis. 
 Fotos|reprodução:internet)
DESTAQUE DE 2016 | CIA. APOCALÍPTICA

>>Por Clóvis Assis

Desde a estreia no circuito teatral rio-pretense, há pouco mais de três anos, a Cia.Apocalíptica já havia deixado pistas à que veio. E com propriedade sabia dos princípios, sobre do que tinha a dizer. Estreou com a premiada peça “Homem do Princípio ao Fim”, em 2013, no teatro do Sesc Rio Preto/SP.

Em 2016 a Apocaliptica consolidou-se como uma das mais conceituadas companhia teatrais do Estado, por meio de seus projetos artísticos e sociais voltados à formação humana. O grupo busca investigar artisticamente a condição humana pelo viés vanguardista.

Segundo o teatrólogo Lawrence Garcia toda forma artística reflete o pensamento de uma sociedade. "Estudar as mudanças da arte é, obrigatoriamente, estudar as mudanças da sociedade. Como o homem é um produto do meio e, ao mesmo tempo, um ser histórico e cultural, estudamos, na verdade, o ser humano contemporâneo e seu próximo passo na escala evolutiva artística”, reflete o diretor.
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Da edição
Atores & Mídias

A REPORTAGEM ("A preparação dos grupos de teatro rio-pretenses para 2017", por Francine Moreno), publicada no caderno Vida & Arte, do Diário da Região, na edição do dia 27 de dezembro, destaca 12 companhias teatrais que estão mergulhadas na montagem de novos espetáculos e projetos formativos para o ano de 2017.

CONFIRA  abaixo o que os artistas do teatro local estão preparando para o ano que vem, segundo o Diário da Região, principal veículo impresso da região noroeste paulista de São José do Rio Preto.

Ir e Vir

• Tiago Mariusso, ator e diretor da Cia. Ir e Vir, afirma que o grupo pretende estrear três novos espetáculos, sendo um infantil, com texto de Isaac Ruy e direção de Mariusso. O grupo também está em processo de estudo do texto “Ânsia”, de Sarah Kane, e iniciará em janeiro um processo de criação autoral colaborativo para um espetáculo adulto sobre o pós-apocalipse

• “Acredito que no próximo ano novas parcerias poderão surgir. Acho isso sensacional”, revela Mariusso. Isaac Ruy está escrevendo um texto infantil, que terá direção de Mariusso, cujo enredo contempla o absurdo e o minimalismo lúdico sem, segundo ele, subjugar o intelecto infantil. Atualmente, a companhia é formada por Harlen Félix, Luciana Gadoti, Vanessa Cornélio, Isaac Ruy e Milton F. Verderi

Jef Telles

• O ator e diretor Jef Telles vai atuar de forma solo e também no Agrupamento Núcleo 2. O objetivo é dar continuidade ao projeto iniciado em 2015, com o projeto Ensaios para Ninguém, iniciativa que promoveu a fusão de diferentes plataformas artísticas. O próximo passo dele é estrear no segundo semestre o espetáculo de artes integradas Galeria para Cemitérios, cujo resultado poderá ser um espetáculo-instalação interativo

• Telles pretende, no primeiro semestre, dar continuidade ao trabalho de captação audiovisual do projeto Teatrópolis, que foi apresentado neste mês, no Sesc. As quase 50 entrevistas que foram feitas, assim como as imagens captadas no dia do evento, serão peças de uma web série documental sobre o fazer artístico. “Meu desejo é que, paralelamente, este material também ganhe uma forma mais viva, física, concreta, com uma videoinstalação-vernissage. Se tiver tempo hábil, o artista rio-pretense ainda quer voltar a trabalhar com a linguagem da videoarte

Hecatombe

• A Cia. Hecatombe vai estrear o espetáculo infantil 20 Mil Novas Léguas, que narra o encontro de Albert Einstein e Santos Dumont ainda crianças por meio da obra de Júlio Verne, precursor da ficção científica. A produção foi viabilizada pelo Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Estado da Cultura, e será a primeira peça do grupo voltada para as crianças. O elenco é formado por Marcelo de Castro, Ronaldo Celeguini e Fabiano Amigucci

• Paralelamente à nova produção, o ator e diretor da Hecatombe Homero Ferreira vai promover a edição 2017 do festival de artes integradas Arena Cacilda, em parceria com Ricardo Matioli. “Queremos sentar com a nova gestão da Cultura assim que 2017 começar para expor nossa ideias e mostrar o resultado do evento neste ano.” Outra iniciativa do grupo é fazer uma turnê com o espetáculo Crise de Gente, que estreou no início do mês

Fábrica de sonhos

• A Cia. Fábrica de Sonhos vai promover o Festival Em Janeiro Teatro para Crianças é o Maior Barato, no Teatro Paulo Moura, na Fábrica de Sonhos e em espaços públicos da cidade. A data ainda será confirmada. O evento terá 20 apresentações teatrais para crianças e cinco atividades formativas para crianças. O grupo também vai continuar com os Cursos Livres de Artes para formação artística. “Para 2017, ampliaremos a nossa grade e buscaremos profissionalização de novos artistas em convênio com o Sated (Sindicato dos Artistas de SP)”, afirma Drica Sanches

• O grupo ainda irá apresentar as peças Circo Lando e Apenas um Conto de Natal Caipira pelo Circuito Fábrica de Sonhos de Teatro, que foi contemplado no Proac ICMS, com 30 sessões em 20 municípios com até 20 mil habitantes, e 20 atividades formativas. Em 2017, o grupo vai iniciar ainda dois processos de montagem para estreia em 2018, quando comemora 20 anos de estrada. Será um espetáculo adulto e um para crianças. O diretor convidado será Dagoberto Feliz

Jabá com Jaca

• O grupo Jabá com Jaca continuará em cartaz com o espetáculo Budas, em 2017, e vai estrear um novo espetáculo. No momento, o grupo está estudando a nova produção, que é baseada na objetificação da mulher e no uso da mulher na mídia com conotação sexual e sempre com o mesmo biotipo. O espetáculo tem o nome provisório de Mulheres Disformes. O ator, diretor e produtor Danilo S. Melo afirma que o grupo está numa nova etapa de estudos, formando uma cena e uma dramaturgia que nasce da intuição e de uma pesquisa baseada no corpo das intérpretes. No momento, só há mulheres no elenco

Apocalíptica

• Lawrence Garcia, ator e diretor da Cia. Apocalíptica, prepara para fevereiro ou março a estreia de Ab Urbe Condita, espetáculo criado a partir de textos de escritores participantes do Sarau Urbano. Em 2017, o grupo pretende ainda ir além do teatro e fazer ações voltadas para linguagens como performance, dança, música e contação de histórias. “Estamos começando a elaborar um evento que venha discutir a contação de histórias. Não seria necessariamente um festival”, avisa

Centro Cultural Vasco

• Em 2017, o Centro Cultural Vasco dará continuidade ao espetáculo Shakespeariana 400 - Recortes da Vida e da Morte, que estreou no dia 17 de dezembro com alunos do Curso de Teatro Avançado do Vasco, sob direção e adaptação de Linaldo Telles. “O objetivo é buscar a profissionalização dessa nova safra de jovens artistas que começa a despontar na cidade. Além da busca pelo desenvolvimento técnico e intelectual dos alunos, a tentativa é fazer com que todos consigam retirar o registro profissional de atores, DRT, para que possamos ampliar nosso repertório de apresentações”, afirma Telles

Cia. Livre

• A Cia. Livre de Teatro vai iniciar o processo de montagem do espetáculo Cinderela - Uma Gata Nada Borralheira. O novo projeto será um musical, linguagem que o grupo explorou em produções como Auto de Natal, de 2013, e Cantarolar, de 2015. O grupo também quer se inscrever em editais de circulação e festivais. “Pretendemos ainda dar continuidade a intervenções, nas quais tivemos um resultado bastante satisfatório”, afirma o ator e diretor da Cia. Livre, Leandro Aveiro

Cia. dos Pés

• A Cia. dos Pés vai circular mais com seus espetáculos que estrearam em 2016, Pequenos Olhos e Mente, e também continuar as apresentações de Expresso Caracol. Paralelamente, vai passar por reciclagem e aprimoramento. No primeiro semestre, a atriz e diretora Angélica Zignani irá participar de alguns cursos, que inclui teatro físico com Luis Louis, em São Paulo. Depois, embarca para a Bélgica, onde seu currículo foi selecionado para conhecer a técnica Gaga Movement, do coreógrafo Ohad Naharin. Ela também participará de um curso na Espanha, com enfoque no trabalho com a criança. “2017 será um ano de organizar as técnicas e condutas utilizadas nas criações da companhia e, para isso, nos abasteceremos de informações”, diz

Azul Celeste

• A Cia. Azul Celeste estará em 2017 focada na circulação de dois espetáculos, Mundomudo e A Ver Estrelas. O grupo também está com participação na circulação do espetáculo Quero Ser Preto, que é uma produção do Núcleo Arcênico de Criações. Uma novidade para 2017 é a nova forma de administração adotada pela companhia, com a criação de uma gestão compartilhada, tendo uma equipe formada por Lucas Hernandes, Henrique Nerys, Marina Rico e Elvis Leandro dos Santos

• “Desta forma, proponho uma autonomia aos integrantes da Azul Celeste no que diz respeito à gestão do grupo. No campo artístico, pretendo investigar o universo de Dom Quixote e suas alucinações literárias e guerras interiores, pois sabemos que temos no dia a dia muitos moinhos pra vencer. Nada mais contemporâneo”, afirma o ator e diretor Jorge Vermelho

Mon’Onírico

• Em 2017, o grupo Mon’onírico dará sequência à produção do espetáculo Mate o gato antes de sair, em que Isaac Ruy, Marlon Morelli e Tiago Mariusso assinam o texto e direção, e do infantil Cuca Caduca Cabeça de Vento, com direção de Linaldo Telles. Ruy está trabalhando num texto chamado Leminiscata, que resultará num espetáculo para o segundo semestre sobre síndrome de Estocolmo. “Estou indo para São Paulo para estudar, mas tenho alguns projetos em andamento em Rio Preto. Faço o figurino do espetáculo Pinga Salomenga Pum, da Cia. Varal na Varanda, que estreia provavelmente em fevereiro, sigo em viagem na técnica da peça da Cia. Ir e Vir, Cérebro de Elefante, além de voltar a encenar o Oroboro, que estava parado”, afirma Isaac Ruy

Cia. Cênica

• A Cia. Cênica vai celebrar 10 anos em 2017 e estrear o espetáculo Queijo & Goiabada - Das canções que você não autorizou pra mim, o oitavo da companhia, no dia 13 de janeiro. O grupo também vai promover a Mostra Cênica 2017 - ResistênciaS, iniciativa que reunirá espetáculos, performances e cenas curtas entre os dias 8 e 12 de fevereiro. Vai ainda dar continuidade ao projeto Território Cênico, que propõe oficinas de formação, qualificação e aperfeiçoamento cultural e artístico em diversas áreas como música e teatro, bem como eventos pontuais, como apresentações de resultados de processos. Fagner Rodrigues, ator e diretor, afirma que o grupo está no processo de pesquisa do espetáculo #Geni, inspirado na música de Chico Buarque, feito em parceria com o grupo Os Mancomunados, de Araçatuba. A produção vai estrear em agosto, na mostra Semana da Diversidade Sexual, de Araçatuba

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