quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

DANÇA | 'BLOW UP' do Núcleo Cinematográfico de Dança é destaque no circuito cultural do Sesc Rio Preto

No último fim de semana a trupe de São Paulo, dirigida por Mariana Sucupira e Maristela Estrela, 'roubou' a cena com o espetáculo 'BLOW UP [vol.2] Lado A', apresentado na sexta-feira(08) no circuito cultural da dança do Sesc Rio Preto (SP).

Espetáculo de dança Blow Up é apresentado no Sesc Rio Preto.
(Foto: Jorge Etecheber)


C l ó v i s   A s s i s  
A t o r e s  &  M í d i a s

UMA EXPLOSÃO de sons, movimentos e respiração! Assim podemos conceituar a atuação do Núcleo Cinematográfico de Dança nos palcos paulistas. A ousadia em dançar, habitando o silêncio num desafio de metamorfose corporal entre movimento e imagem, é preciso fôlego, muito fôlego... Sopro, não só dos bailarinos em cena transpirando [em som e fúria] por todos os poros, mas também dos espectadores, que também suspiram, sôfregos, da plateia! 

No último fim de semana a trupe dançante de São Pa
ulo, dirigida por Mariana Sucupira e Maristela Estrela, 'roubou' a cena com o espetáculo BLOW UP [vol.2] Lado A, apresentado na sexta-feira (08) pelo circuito cultural de dança, na programação de dezembro do Sesc Rio Preto (SP). 

Numa ligação estreita com o cinema, BLOW UP [vol.2] Lado A é um show de dança, baseado na técnica de ampliação da imagem, conhecida como blow-up, e usada para reproduzir películas de 16mm em 35mm. Durante a apresentação é discutida a possibilidade de habitar o silêncio, "porem eis que este torna-se ruidoso demais". Em cena os bailarinos se submetem a uma metamorfose contínua, que consiste em abrir os movimentos e formar as imagens.

Concebido pela parceria artística entre Mariana Sucupira e Maristela Estrela, o Núcleo Cinematográfico de Dança, f
ormado em 2012, é conhecido como uma das maiores companhias de dança do Estado de São Paulo. O trabalho do Núcleo paulistano consiste na pesquisa e investigação das relações de linguagem, principalmente entre a dança e o cinema – mas também flertando com o teatro e as artes plásticas.
‘BLOW UP’, do Núcleo Cinematográfico de Dança. (Foto|Ruy Barbosa Jr)
BLOW UP [vol.2] Lado A, o espetáculo
‘Você não pode construir uma árvore de volta a partir de fumaça e cinzas’

"BLOW UP é uma tentativa de adentrar o silêncio e habitá-lo, mas eis que ele torna-se ruidoso demais, quase insuportável... Decomposição progressiva de uma explosão. Transmutar, transfundir, transferir, transfigurar. Quanto mais se progride, mais diluído é o movimento e o tempo. Mas é preciso pensar o tempo não como um ato sucessivo de "vir-a-ser", mas como um "regressivo deixar-de-ser sem aniquilar-se.

'O tempo vai morrer com o tempo.

 Não haverá mais tempo'

“A energia se altera a cada transformação e não pode ser criada nem eliminada. No entanto, após um tempo não haverá energia útil suficiente para continuar a deformação. O tempo não é contínuo, homogêneo e isolado da matéria, mas entrópico, tendendo à sua própria degradação. ‘O tempo vai morrer com o tempo. Não haverá mais tempo.

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Núcleo Cinematográfico de Dança
"BLOW UP [vol.2] Lado A
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