Stepan Nercessian como 'O Velho Guerreiro'. (Foto: Divulgação/Suzanna Tierrie) |
➤ Da Redação
DEPOIS DE interpretar recentemente o irreverente apresentador do 'Cassino do Chacrinha' (sucesso dos anos 1970 e 1980) no teatro e em um especial exibido pela TV, o ator Stepan Nercessian leva Abelardo Barbosa ao cinema, na cinebiografia 'Chacrinha: O Velho Guerreiro', que estreou nas salas de cinemas de todo o País nesta quinta-feira (8).
"Ele obrigou a TV a criar uma nova linguagem para acompanhá-lo", resume o ator, cujo rosto se confunde com o do Velho Guerreiro desde 2014, quando estreou o espetáculo 'Chacrinha, o musical'. Ele acrescenta: "Mudar o visual e o cenário, virar de costas e passar atrás da câmera, ler um papel enquanto apresentava. Essas coisas não eram comuns. Ele é moderno até hoje."
Tudo isso leva Stepan a se questionar: "Como estaria Chacrinha hoje, na internet? Será que teria um programa on-line?". Para o ator, inovações estéticas com as da época de Abelardo são atualmente mais frequentes nas redes sociais.
"O que se passa na TV de hoje é parecido com o que acontece em alguns outros setores. As pessoas querem comprar o que já deu certo. Isso deixa muito pouco espaço para risco e experiência", avalia o ator. "Todo mundo está menos corajoso, menos aventureiro."
➧"Chacrinha: O velho Guerreiro":
⏩Assista ao trailer do filme ⏬
A t o r e s & M í d i a s
"Ele obrigou a TV a criar uma nova linguagem para acompanhá-lo", resume o ator, cujo rosto se confunde com o do Velho Guerreiro desde 2014, quando estreou o espetáculo 'Chacrinha, o musical'. Ele acrescenta: "Mudar o visual e o cenário, virar de costas e passar atrás da câmera, ler um papel enquanto apresentava. Essas coisas não eram comuns. Ele é moderno até hoje."
Tudo isso leva Stepan a se questionar: "Como estaria Chacrinha hoje, na internet? Será que teria um programa on-line?". Para o ator, inovações estéticas com as da época de Abelardo são atualmente mais frequentes nas redes sociais.
"O que se passa na TV de hoje é parecido com o que acontece em alguns outros setores. As pessoas querem comprar o que já deu certo. Isso deixa muito pouco espaço para risco e experiência", avalia o ator. "Todo mundo está menos corajoso, menos aventureiro."
➧"Chacrinha: O velho Guerreiro":
⏩Assista ao trailer do filme ⏬
Sem 'cagar regra'
Em "Chacrinha: O Velho Guerreiro", dirigido por Andrucha Waddington ('Sob pressão') e com estreia nesta quinta-feira (8), Stepan Nercessian divide o personagem com o ator e comediante Eduardo Sterblitch, que vive a fase mais jovem de Chacrinha.
A história narra a trajetória do apresentador desde sua chegada ao Rio de Janeiro para fazer bicos em rádios, depois de abandonar a faculdade de medicina em Pernambuco. "Ele queria ser um artista, e o óbvio dizia que ele não podia porque não tinha características que serviam para isso. Mas tudo que pesava contra ele colocou a favor dele", diz Stepan.
Equipe do 'Buzina do Chacrinha' de 1978 (Foto: John Pacheco/G1) |
UM DOS episódios retratados no filme é uma briga entre Chacrinha e Boni, ex-executivo da TV Globo. "Ele arriscava tudo o tempo todo. Foi perseguido pela psiquiatria, que quis taxa-lo como louco, pela censura e também bateu de frente com os donos de TV e diretores", lembra o ator.
A trama também busca esclarecer a relevância de Abelardo para a música popular. Clara Nunes (Laila Garin), Sidney Magal (Juan Rangel), Roberto Carlos (Renato Reston) e Ney Matogrosso (Daniel Carneiro) estão entre os que passam pelo palco do apresentador no filme. Os cantores Criolo e Luan Santana também fazem participações.
"Esse é um aspecto pouco estudado, que merecia um olhar mais cuidadoso. Em que programa sai Nelson Ned e entra Gilberto Gil, tem Waldick Soriano de um lado e Renato Russo de outro? Essa era uma briga que ele comprava também", opina o ator. "Ele juntou muito o Brasil nos programas porque era um palhaço travestido no palco. Não era um cagador de regra, era um personagem."
Esse aspecto do apresentador deve, inclusive, favorecer a produção, que estreou pós-eleições, na opinião do protagonista. "Tenho a impressão de que [o filme] pode ser um ponto de união, de lembrança de um Brasil mais unido, afetivo e que se aceita mais", conclui Stepan Nercessian.
------------------------------------------
➥ Fonte: por Carol Prado / g1.globo.com
----------------------------------------------------------
MARCADORES| >AUDIOVISUAL, >CELEBRIDADES, >CINEMA, >PESSOAS