Ballet e ópera dividem o mesmo espetáculo que conta história de amor com vilões, um herói atrapalhado e muita confusão. (foto:Reprodução/G1.Globo.com) |
Clóvis Assis / da Redação
Montagem inédita no Brasil, a partir deste sábado (19), às 20h, o Theatro São Pedro, em SP, reúne dois espetáculos em um mesmo programa: o balé "Pulcinella", de Igor Stravinsky, seguido da ópera "Arlecchino", de Ferruccio Busoni.
Os espetáculos, que têm em comum a inspiração na comédia dell'art, são encenados em parceria inédita pela Orquestra do Theatro São Pedro – sob a regência e direção musical do maestro americano Ira Levin – e pela São Paulo Companhia de Dança, com direção cênica de William Pereira e coreografia de Giovanni Di Palma.
(foto:Reprodução/G1.Globo.com) |
Mantido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e sob a gestão da Santa Marcelina Cultura desde maio, o Theatro São Pedro segue sua vocação operística dirigindo seu olhar, nesse primeiro programa, à contemporaneidade, com uma montagem que reúne dois títulos com repertório do século XX, cujos temas têm em comum a inspiração na commedia dell’arte, teatro de rua italiano que floresceu no século XVI.
Visando à conexão e ao diálogo entre as artes, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD), também da Secretaria da Cultura do Estado, dirigida por Inês Bogea, foi convidada a participar da produção, selecionando 14 bailarinos de seu elenco.
Esta será a estreia da Companhia em cenário operístico, e a inédita parceria da Santa Marcelina Cultura com a Associação Pró-Dança, organização social responsável pela gestão da SPCD.
(Foto: Heloisa Bortz) |
O objetivo é promover a ampliação de plateia com seus públicos, estabelecendo um diálogo entre as instituições e criando uma dinâmica de trabalhos em conjunto. “Estamos muito felizes por conseguir reunir, na primeira montagem do Theatro São Pedro sob a gestão da Santa Marcelina Cultura, a Orquestra do Theatro São Pedro e a São Paulo Companhia de Dança”, afirma Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura.
“Esse é o primeiro balé com canto da Companhia e o primeiro espetáculo do gênero realizado em conjunto por dois corpos estáveis do Governo do Estado. É uma obra na qual dança e música têm um forte diálogo e aqui em especial, com a presença dos cantores na cena interagindo com os bailarinos e a orquestra ao vivo intensificando a interação entre as artes”, diz Inês Bogéa, diretora artística da SPCD.
A PRODUÇÃO
De acordo com William Pereira, um dos grandes desafios da produção foi conceber um espetáculo duplo, para que uma obra estabeleça diálogo com a outra. Pensando na unidade entre o balé e a ópera e trazendo para uma linguagem contemporânea, foi criado um espaço cênico único, minimalista, neutro e de arquitetura própria.
A obra de arte em destaque são os bailarinos e cantores. Dessa forma, o cenário se torna mais um espaço de suporte para a atuação do que um elemento descritivo e realista das ruas de uma cidade italiana antiga, Nápoles ou Bergamo.
Colunas circundam a cena e bolas e luminárias pendem do teto. As estruturas se transformam quando movimentadas, ganhando volumes e formas. Tudo é amparado pela luz, elemento fundamental do espetáculo que auxilia a narrativa.
Na mesma proposta foram concebidos os figurinos: uma releitura dos trajes tradicionais da commedia dell’arte em que são mantidos o padrão e cores originais, recriando-se a forma.
De acordo com William Pereira, um dos grandes desafios da produção foi conceber um espetáculo duplo, para que uma obra estabeleça diálogo com a outra. Pensando na unidade entre o balé e a ópera e trazendo para uma linguagem contemporânea, foi criado um espaço cênico único, minimalista, neutro e de arquitetura própria.
A obra de arte em destaque são os bailarinos e cantores. Dessa forma, o cenário se torna mais um espaço de suporte para a atuação do que um elemento descritivo e realista das ruas de uma cidade italiana antiga, Nápoles ou Bergamo.
Colunas circundam a cena e bolas e luminárias pendem do teto. As estruturas se transformam quando movimentadas, ganhando volumes e formas. Tudo é amparado pela luz, elemento fundamental do espetáculo que auxilia a narrativa.
Na mesma proposta foram concebidos os figurinos: uma releitura dos trajes tradicionais da commedia dell’arte em que são mantidos o padrão e cores originais, recriando-se a forma.
São Paulo Companhia de Dança (SPCD)
Criada em janeiro de 2008, pelo Governo do Estado de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – gerida pela Associação Pró-Dança – é dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora.
Criada em janeiro de 2008, pelo Governo do Estado de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – gerida pela Associação Pró-Dança – é dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora.
A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos 19, 20 e 21 de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho.
>SERVIÇO
"Arlecchino e Pulcinella"
Com Orquestra do Theatro São Pedro
e São Paulo Cia de Dança
Dias 19, 21, 23, 25 e 27 de agosto
Horários: domingo, às 17h
e São Paulo Cia de Dança
Dias 19, 21, 23, 25 e 27 de agosto
Horários: domingo, às 17h
e nos demais dias, às 20h.
Theatro São Pedro
R. Albuquerque Lins, 207
Theatro São Pedro
R. Albuquerque Lins, 207
Campos Elíseos, São Paulo/SP
Ingressos: R$ 15 a R$ 80
Classificação indicativa: 12 anos
>INFORMAÇÕES:
(11) 2122-4070
www.compreingressos.com
Ingressos: R$ 15 a R$ 80
Classificação indicativa: 12 anos
>INFORMAÇÕES:
(11) 2122-4070
www.compreingressos.com
>+MAIS