Selton Mello interpreta o delegado da Polícia Federal Marco Ruffo (netflix/Divulgação) |
🎬 Da Redação
A t o r e s & M í d i a s
“ESTE programa é uma obra de ficção inspirada livremente em eventos reais. Personagens, situações e outros elementos foram adaptados para efeito dramático”. O aviso nos créditos iniciais da série O Mecanismo, lançada na sexta-feira (23) pela plataforma de streaming Netflix, é recorrente em uma produção de ficção que bebe na fonte da história real.
Após a estreia na sexta-feira (23), a ex-presidente Dilma Rousseff e usuários da Netflix acusaram o serviço de streaming e o criador José Padilha de terem deturpado os fatos da Operação Lava Jato.
A ex-presidente divulgou nota no seu site oficial, afirmando que o seriado é "mentiroso e dissimulado" e chamando Padilha de "criador de notícias falsas". Uma das principais críticas dela é a série atribuir a frase do senador Romero Jucá sobre "estancar a sangria" e o "grande acordo nacional" ao personagem que representaria o ex-presidente Lula.
"Sobre mim, o diretor de cinema usa as mesmas tintas de parte da imprensa brasileira para praticar assassinato de reputações, vertendo mentiras na série de TV, algumas que nem mesmo parte da grande mídia nacional teve coragem de insinuar", disse Rousseff.
Pablo Villaça, crítico e editor do site Cinema em Cena, assim como outros internautas, disseram que cancelaram assinatura da plataforma por causa da produção.
ANTES DA ESTREIA
Padilha afirmou, em coletiva de imprensa para promover O Mecanismo, que a série mostra como a corrupção é instrínseca ao sistema político nacional, independentemente do partido.
"Nos EUA, França e outros países temos casos isolados de corrupção. No Brasil, a corrupção faz parte da lógica da política. Nos EUA, por exemplo, uma empresa apoia um dos partidos. No Brasil, tivemos o caso da Odebrech que financiou todos. É assim em todos os municípios, estados e governo federal desse país. No legislativo e executivo. Esse é o mecanismo."
O MECANISMO“ESTE programa é uma obra de ficção inspirada livremente em eventos reais. Personagens, situações e outros elementos foram adaptados para efeito dramático”. O aviso nos créditos iniciais da série O Mecanismo, lançada na sexta-feira (23) pela plataforma de streaming Netflix, é recorrente em uma produção de ficção que bebe na fonte da história real.
Cena de O Mecanismo com a atriz Caroline Abras (Netflix/Divulgação) |
Após a estreia na sexta-feira (23), a ex-presidente Dilma Rousseff e usuários da Netflix acusaram o serviço de streaming e o criador José Padilha de terem deturpado os fatos da Operação Lava Jato.
A ex-presidente divulgou nota no seu site oficial, afirmando que o seriado é "mentiroso e dissimulado" e chamando Padilha de "criador de notícias falsas". Uma das principais críticas dela é a série atribuir a frase do senador Romero Jucá sobre "estancar a sangria" e o "grande acordo nacional" ao personagem que representaria o ex-presidente Lula.
"Sobre mim, o diretor de cinema usa as mesmas tintas de parte da imprensa brasileira para praticar assassinato de reputações, vertendo mentiras na série de TV, algumas que nem mesmo parte da grande mídia nacional teve coragem de insinuar", disse Rousseff.
Pablo Villaça, crítico e editor do site Cinema em Cena, assim como outros internautas, disseram que cancelaram assinatura da plataforma por causa da produção.
Caroline Abras, José Padilha e Selton Mello (Foto/Alexandre Loureiro/Netflix) |
Padilha afirmou, em coletiva de imprensa para promover O Mecanismo, que a série mostra como a corrupção é instrínseca ao sistema político nacional, independentemente do partido.
"Nos EUA, França e outros países temos casos isolados de corrupção. No Brasil, a corrupção faz parte da lógica da política. Nos EUA, por exemplo, uma empresa apoia um dos partidos. No Brasil, tivemos o caso da Odebrech que financiou todos. É assim em todos os municípios, estados e governo federal desse país. No legislativo e executivo. Esse é o mecanismo."
O Mecanismo tem como base para seu roteiro, assinado por Elena Soárez, o livro Lava Jato – O Juiz Sergio Moro e os Bastidores da Operação que Abalou o Brasil, escrito pelo jornalista Vladimir Netto. o seriado faz referência a eventos reais, personagens e empresas investigados na operação, porém sempre usando nomes fictícios.
A série de oito episódios, entretanto, destaca como protagonista não o juiz, mas o delegado da Polícia Federal Marco Ruffo ( Selton Mello), que cumpre uma gincana de gato e rato para prender um amigo de infância, o doleiro Roberto Ibrahim (Enrique Díaz), tipo envolvido na remessa ilegal de dólares para o Exterior e íntimo de empreiteiros e políticos graúdos. Ruffo é inspirado no policial aposentado Gerson Machado, e Ibrahim faz às vezes do doleiro Alberto Youssef.
Selton Mello (Foto/Netflix) |
Assim que episódios foram disponibilizados pela Netflix, teve início um caloroso debate — com opiniões de quem a viu e, sinal desses tempos, de quem não a viu —, sobretudo nas redes sociais.
O ponto central da beligerância, afora a atuação avaliada de forma quase unânime como letárgica e sussurrante de Selton Mello, está no quanto o conceito de “inspirada livremente” pode permitir, por exemplo, alterar cronologias de acontecimentos e, mais ainda, colocar falas que ficaram famosas na boca de uns saindo da boca de outros.
O Mecanismo (Netflix/Divulgação) |
Dilma e Padilha foram à linha de frente do debate
No domingo (25), Dilma divulgou uma nota intitulada O Mecanismo de José Padilha para Assassinar Reputações, na qual afirma: “(...) A propósito de contar a história da Lava-Jato, numa série ‘baseada em fatos reais’, o cineasta José Padilha incorre na distorção da realidade e na propagação de mentiras de toda sorte para atacar a mim e ao presidente Lula. A série O Mecanismo, na Netflix, é mentirosa e dissimulada”.
🎬Com fontes:
www.omelete.com.br/series-tv
www.correiobraziliense.com.br
www.jornalopcao.com.br
www.correio24horas.com.br
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