Júlio Cocielo: no Twitter, ele chegou a sugerir "exterminar os negros" (Youtube/Reprodução) |
🎬 da Redação
VOCÊ provavelmente não conhecia Júlio Cocielo —e, confesso, eu também não—, mas, acredite, milhões de pessoas, a maioria crianças, adolescentes e jovens adultos, sabe de quem se trata.
O influenciador digital possui mais de 16 milhões de inscritos em seu canal intitulado Canal Canalha, no YouTube , mais de 11 milhões de seguidores em seu Instagram e outros mais de 7 milhões no Twitter.
Pois então, o rapaz considerado um dos youtubers mais bem pagos do mundo está no "olho do furacão", e (perdoe-me o trocadilho) pagando caro por um comentário racista que fez após o jogo da Copa do Mundo, entre França e Argentina.
No último sábado (30/06), durante o jogo, o rapaz postou em seu Twitter a opinião sobre Kylian Mbappé, jogador negro da seleção francesa.
“Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein [sic]“, escreveu ele.
A t o r e s & M í d i a s
O influenciador digital possui mais de 16 milhões de inscritos em seu canal intitulado Canal Canalha, no YouTube , mais de 11 milhões de seguidores em seu Instagram e outros mais de 7 milhões no Twitter.
Pois então, o rapaz considerado um dos youtubers mais bem pagos do mundo está no "olho do furacão", e (perdoe-me o trocadilho) pagando caro por um comentário racista que fez após o jogo da Copa do Mundo, entre França e Argentina.
No último sábado (30/06), durante o jogo, o rapaz postou em seu Twitter a opinião sobre Kylian Mbappé, jogador negro da seleção francesa.
“Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein [sic]“, escreveu ele.
O comentário de tom racista refletiu nas redes sociais. Muitos internautas e famosos ficaram bem chateados e até seus patrocinadores repudiaram tal comportamento público.
Marcas associadas á sua imagem se manifestaram contra sua postura e suspenderam parcerias publicitárias. Até agora empresas como a Coca-Cola, o Itaú, e o Submarino —que já retirou a atual campanha do ar— suspenderam seu contrato com o youtuber. A Embratur também afirmou nesta terça-feira (03) que rompeu o contrato de publicidade. (Leia os comunicados das marcas logo abaixo).
Famosos como Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, que lutam abertamente contra o racismo, também condenaram a atitude de Cocielo.
"Odeio ter que postar coisas tão repugnantes e tristes como essa...mas é necessário! Ainda fico chocada como podem existir pensamentos como desse tipo de pessoa. Isso não é uma brincadeira e nunca foi! Isso é racismo!", escreveu Giovanna em seu Instagram.
Marcas associadas á sua imagem se manifestaram contra sua postura e suspenderam parcerias publicitárias. Até agora empresas como a Coca-Cola, o Itaú, e o Submarino —que já retirou a atual campanha do ar— suspenderam seu contrato com o youtuber. A Embratur também afirmou nesta terça-feira (03) que rompeu o contrato de publicidade. (Leia os comunicados das marcas logo abaixo).
Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso pedem boicote a Julio Cocielo (Reprodução/Instagram) |
"Odeio ter que postar coisas tão repugnantes e tristes como essa...mas é necessário! Ainda fico chocada como podem existir pensamentos como desse tipo de pessoa. Isso não é uma brincadeira e nunca foi! Isso é racismo!", escreveu Giovanna em seu Instagram.
Internautas resgatam tuítes racistas; youtuber deleta 50 mil post’s de sua conta
APÓS a enxurrada de críticas, Júlio Cocielo publicou uma nota se desculpando. Em comunicado no Twitter ele disse que não se referia à cor da pele do jogador, e sim à velocidade dele. “Eu não sou racista, vocês que interpretaram errado.”
sobre tudo que tá rolando pic.twitter.com/siQUpz8tC9— júlio cocielo (@cocielo) 30 de junho de 2018
A desculpa não colou: a patrulha do ‘politicamente correto’ da internet foi buscar outros tuítes do youtuber, tão absurdamente racistas como: “já que não podemos fazer piadas com negros, a solução é exterminar os negros.”
Entre 2011 e 2014, Cocielo também fez inúmeros comentários ofensivos contra africanos, chegando inclusive a tratar o continente como se fosse um país: "'Cara feia pra mim é fome'. África, o país [sic] mais feio do mundo". "Na África só existem seis pecados capitais porque cometer o pecado da gula é impossível". "Não comi nada hoje, me sinto um africano."
Em seguida o astro da internet tratou logo de deletar de suas redes sociais mais de 50 mil tuítes antigos —sim, você leu certo: CINQUENTA MIL, provavelmente mais comprometedores— que os internautas não tiveram tempo de desenterrar.
Já que o @cocielo apagou, seguem aqui os tweets! Lembrando que isso não é opinião, isso é racismo, homofobia, machismo, falta de compaixão! Queria saber se o @TwitterBrasil, @CocaCola_Br e @adidasbrasil apoiam esse tipo de atitude?! (Conteúdo de 2010 a 2018) pic.twitter.com/olPBDCuEjf— Rach 🇧🇷 #promessa (@r4chtuita) 30 de junho de 2018
Não é possível que o Cocielo fale essas coisas sem qualquer tipo de discussão pública. É possível ler que "a única solução é exterminar os negros" e não ver uma declaração de ódio racial? Até a expressão "única solução" remete ao nazismo.— Marco Gomes (@marcogomes) 30 de junho de 2018
Veja mais dele https://t.co/0bE6tnRuQx pic.twitter.com/iWudag8gmx
Marcas se manifestam após tuítes racistas e youtuber perde campanhas publicitáriasToda vez que alguém for racista na internet tipo o Cocielo, vá até os comentários e veja como é linda a união dos brancos. Eles sempre aparecem pra falar sobre o coração do racista, pq é só isso que importa, né? Tudo bem ser racista, pq seu coração é top, parça pic.twitter.com/a97xDOAfXI— Caique Bermanelli (@OlaCaique) 1 de julho de 2018
A EMBRATUR afirmou que rompeu o contrato de publicidade com o influenciador digital Julio Cocielo, 25 anos, após a polêmica causada por seu post sobre o jogador francês Kylian Mbappé.
O influenciador viajou à Rússia a convite da Embratur para participar, três dias antes, de uma das ações de uma campanha de promoção do turismo no Brasil, segundo informou a colunista da Folha de S.Paulo, Mariliz Pereira Jorge.
Batizada de Happy by Nature (Felizes por Natureza), a campanha quer explorar a imagem de bom anfitrião que o brasileiro causou nos estrangeiros durante a Copa do Mundo de 2014.
De acordo com a Folha, Cocielo foi o anfitrião de um evento com influenciadores digitais de vários países, incluindo Rússia, EUA, Alemanha e Espanha, em que viveram "um dia de brasileiro" com direito a feijoada, caipirinha e aula de dança. No final, eles foram ao jogo do Brasil contra a Sérvia, em Moscou.
De acordo com a Folha, Cocielo foi o anfitrião de um evento com influenciadores digitais de vários países, incluindo Rússia, EUA, Alemanha e Espanha, em que viveram "um dia de brasileiro" com direito a feijoada, caipirinha e aula de dança. No final, eles foram ao jogo do Brasil contra a Sérvia, em Moscou.
Embratur rompe contrato com Cocielo pós a polêmica causada por seu post sobre o jogador francês Kylian Mbappé. (Foto: Reprodução) |
A Embratur afirmou que rompeu o contrato com o influenciador, que previa ainda ações promocionais nas redes sociais. Suas imagens foram retiradas do vídeo de divulgação gravado durante o evento em Moscou. O nome de Cocielo foi vetado também para qualquer futura campanha do órgão.
Não foi a única patrocinadora que Cocielo perdeu. A marca de material esportivo Adidas, o banco Itaú e a varejista virtual Submarino confirmaram ter deixado de patrocinar Cocielo e retirado das redes sociais as campanhas em que ele aparece. Todas reforçaram que são contra qualquer tipo de discriminação.
A Adidas afirmou repudiar “todo e qualquer tipo de discriminação”. Sendo assim, “decidiu suspender a parceria com o youtuber Júlio Cocielo”.
Não foi a única patrocinadora que Cocielo perdeu. A marca de material esportivo Adidas, o banco Itaú e a varejista virtual Submarino confirmaram ter deixado de patrocinar Cocielo e retirado das redes sociais as campanhas em que ele aparece. Todas reforçaram que são contra qualquer tipo de discriminação.
A Adidas afirmou repudiar “todo e qualquer tipo de discriminação”. Sendo assim, “decidiu suspender a parceria com o youtuber Júlio Cocielo”.
Já o Itaú disse que o jovem “não faz mais parte” de qualquer ação publicitária e que a empresa “repudia toda e qualquer forma de discriminação e preconceito”, e espera que “o respeito à diversidade sempre prevaleça”.
A Coca-Cola, que já realizou algumas ações publicitárias pontuais com Cocielo, declarou que não tem mais qualquer ligação com ele e que “não tem planos para futuras parcerias”, ressaltando também repúdio contra “qualquer forma de racismo, machismo, misoginia e homofobia” e que “o respeito à diversidade é um dos principais valores da companhia”.
O McDonald’s, que também já realizou ações com o youtuber, disse apenas que “não tem nenhuma relação comercial com ele”.
No Twitter, o Submarino conta que “repudia veementemente qualquer manifestação racista e tomará as providências necessárias”, e retirou a campanha em que Cocielo aparecia do ar.
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