PROVOCADOR: o brasileiro Butcher Billy, sucesso internacional com artes para as séries da Netflix, agora retratou os presidenciáveis ao seu estilo. (Divulgação/Butcher Billy) |
➤Clóvis Assis / Da redação
A t o r e s & M í d i a s
FAMOSO PELA habilidade de fundir o que há mais em alta na cultura pop, com o Pop Art, estilo que consagrou Andy Warhol e muitos outros, Bily Mariano da Luz invoca seu alter ego "Butcher Billy" em busca do corte perfeito do que a mídia tem a oferecer.
O designer curitibano que explodiu a internet com suas ilustrações retorna agora, para bombardear ainda mais as eleições 2018. Billy foi de Lula e Haddad a Bolsonaro, e de Amoedo a Cabo Daciolo em suas representações.
"Eu tenho prestado atenção aos designs horrorosos das campanhas de marketing dos candidatos, então, decidi dar aos principais deles uma mãozinha, no estilo Butcher Billy, é claro, ajudando a pintar uma imagem que parece mais com o que as pessoas querem ver", explicou o artista, no Instagram.
Geraldo Alckmin aparece como o Aquaman, o que parece uma clara referência aos problemas hídricos que teve em seu governo no estado de São Paulo. Lula é retratado como um Smurf e a candidatura do PT, com Fernando Haddad e Manuela D'Avila, aparece como um dragão de três cabeças - sendo uma delas do próprio Lula.
Já o deputado Jair Bolsonaro, "acusado de machismo", figura de cabelos loiros compridos, batom rosa e olhos pintados - lembrando, por exemplo, Hebe Camargo. Ciro Gomes, "chamado de descontrolado por episódios em que se exalta", é um "ursinho carinhoso". Guilherme Boulos, do PSOL, é o Robin Hood, que "tira dos ricos para dar aos pobres".
"A ideia de sacanear as campanhas eleitorais dos candidatos brasileiros surgiu há 4 anos, na real, quando lancei uma série parecida (...) E como eu sempre uso referência visual dos roqueiros gringos, nada mais justo que fazer o mesmo com os políticos brasileiros, que são o equivalente aos rockstars no Brasil", disse o artista e designe, em entrevista ao site UOL.
OS PRESIDENCIÁVEIS
A t o r e s & M í d i a s
FAMOSO PELA habilidade de fundir o que há mais em alta na cultura pop, com o Pop Art, estilo que consagrou Andy Warhol e muitos outros, Bily Mariano da Luz invoca seu alter ego "Butcher Billy" em busca do corte perfeito do que a mídia tem a oferecer.
O designer curitibano que explodiu a internet com suas ilustrações retorna agora, para bombardear ainda mais as eleições 2018. Billy foi de Lula e Haddad a Bolsonaro, e de Amoedo a Cabo Daciolo em suas representações.
"Eu tenho prestado atenção aos designs horrorosos das campanhas de marketing dos candidatos, então, decidi dar aos principais deles uma mãozinha, no estilo Butcher Billy, é claro, ajudando a pintar uma imagem que parece mais com o que as pessoas querem ver", explicou o artista, no Instagram.
Geraldo Alckmin aparece como o Aquaman, o que parece uma clara referência aos problemas hídricos que teve em seu governo no estado de São Paulo. Lula é retratado como um Smurf e a candidatura do PT, com Fernando Haddad e Manuela D'Avila, aparece como um dragão de três cabeças - sendo uma delas do próprio Lula.
Já o deputado Jair Bolsonaro, "acusado de machismo", figura de cabelos loiros compridos, batom rosa e olhos pintados - lembrando, por exemplo, Hebe Camargo. Ciro Gomes, "chamado de descontrolado por episódios em que se exalta", é um "ursinho carinhoso". Guilherme Boulos, do PSOL, é o Robin Hood, que "tira dos ricos para dar aos pobres".
"A ideia de sacanear as campanhas eleitorais dos candidatos brasileiros surgiu há 4 anos, na real, quando lancei uma série parecida (...) E como eu sempre uso referência visual dos roqueiros gringos, nada mais justo que fazer o mesmo com os políticos brasileiros, que são o equivalente aos rockstars no Brasil", disse o artista e designe, em entrevista ao site UOL.
(Reprodução: Instagram/@thebutcherbilly) |
MESES ANTES das Eleições 2018, as redes sociais foram bombardeadas com seu recorte sobre os candidatos à presidência da república. Nesta série de ilustrações há um objetivo geral de Billy, que é o da sátira e do olhar irônico sobre a famigerada política brasileira. “Cada escolha artística foi baseada em peculiaridades de cada uma das personalidades retratadas”, disse o artista.
➤CONFIRA ABAIXO ALGUMAS ILUSTRAÇÕES:
(Reprodução: Instagram/@thebutcherbilly)
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O ARTISTA brasileiro Butcher Billy tem feito sucesso internacional, com direito a artes para as séries da Netflix ("Black Mirror" e "Stranger Things"), mas em um projeto recente voltou-se ao Brasil.
Ele retratou os presidenciáveis brasileiros de 2018 ao seu estilo: provocador. Os colocou no meio da sua Pop Art, como personagens que retratam o momento dos candidatos. Segundo ele o processo de criação foi parecido com o que ele usou para qualquer outro trabalho.
“Faço uma pesquisa conceitual sobre o sujeito em questão, até que esse conceitual se cruze visualmente com as minhas influências, de tudo que eu tenho absorvido em relação a cultura popular”.
REPERCUSSÃO x REPRESÁLIA
SOBRE a repercussão das ilustrações dos presidenciáveis nas mídias, Billy declara que já teve vários projetos que tiveram um alcance bem além do esperado – apesar de, no Brasil, terem sido ainda muito poucos. “Por esse ser focado em política, imaginei que teria um alto grau de viralização”.
“Por incrível que pareça, não houve nenhum ataque ou represália - inclusive percebi que até os fãs mais ferrenhos de certos candidatos estão gostando das sátiras, e até as usando como forma de disseminação. Talvez esse seja um reflexo da surrealidade da política brasileira nesses nossos tempos atuais...”, declarou ele à revista Época.
FORMAÇÃO
NASCIDO EM 78, e revelado pelos sucessos de Black Mirror e inúmeros projetos com a Netflix, seus trabalhos costumam ser focados no que está em alta na mídia aplicado ao estilo Pop Art, mas Billy já esteve no meio de outras eleições, não sendo mais uma novidade em sua carreira.
O artista faz esse tipo de trabalho constantemente em sua carreira. Já lançou peças isoladas e até séries inteiras focadas em personalidades como Donald Trump, Kim Jong Un, Vladimir Putin, etc. “Em 2014 fiz a primeira parte dessa série sobre política brasileira, com os candidatos a presidência da época”, contou.
Em 2016, ano das eleições nos EUA, Butcher Billy resolveu criar a série I Love To Hate You, e transformou Hillary e Trump em desenhos pop, colocados nos corpos dos principais personagens de Esquadrão Suicida.
Hillary como Arlequina e Trump como o Coringa do 'Esquadrão Suicida' (Reprodução: Facebook/Butcher Billy/2016) |
INFLUÊNCIA PROFISSIONAL
DESENHAR sempre foi uma constante na vida de Billy, desde a infância. Junto a isso sempre houve um interesse muito grande nos universos de cinema, música, quadrinhos, TV, videogames e arte.
Foi basicamente isso que o fez ingressar na faculdade de Design. Entretanto, por ter uma certa resistência a subjetividade de ser artista, sempre trabalhou no lado mais corporativo do mercado de publicidade e propaganda.
Em um momento de pura frustração profissional, resolveu experimentar, meio que clandestinamente, com esse outro lado. “E foi aí que começou, com a ajuda da internet e das mídias sociais, a criação desse estilo autoral que mistura todas essas minhas influências iniciais, e gerou uma espécie de ‘identidade secreta’ artística”.
Além de vertentes da Cultura Pop, Billy declara que foi influenciado por uma gama de criadores de áreas e períodos bem diferentes. “Curiosamente muitos não são designers e nem artistas, mas criadores de maneira geral, que iniciaram ou foram importantes em um movimento relacionado a um conceito que me interessa”.
Alguns deles são ícones:
Da pintura (Salvador Dalí e Vincent Van Gogh);
Do cinema (Tim Burton, Quentin Tarantino e Stanley Kubrick);
Dos quadrinhos e mangás (Osamu Tesuka, Robert Crumb e Stan Lee);
Da música (Ian Curtis, David Bowie e Siouxie Sioux)
e da literatura (Nick Hornby e Oscar Wilde).
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➤A&M, com Fontes:
Epoca.globo.com / Uol.com.br
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DESENHAR sempre foi uma constante na vida de Billy, desde a infância. Junto a isso sempre houve um interesse muito grande nos universos de cinema, música, quadrinhos, TV, videogames e arte.
Foi basicamente isso que o fez ingressar na faculdade de Design. Entretanto, por ter uma certa resistência a subjetividade de ser artista, sempre trabalhou no lado mais corporativo do mercado de publicidade e propaganda.
Em um momento de pura frustração profissional, resolveu experimentar, meio que clandestinamente, com esse outro lado. “E foi aí que começou, com a ajuda da internet e das mídias sociais, a criação desse estilo autoral que mistura todas essas minhas influências iniciais, e gerou uma espécie de ‘identidade secreta’ artística”.
Além de vertentes da Cultura Pop, Billy declara que foi influenciado por uma gama de criadores de áreas e períodos bem diferentes. “Curiosamente muitos não são designers e nem artistas, mas criadores de maneira geral, que iniciaram ou foram importantes em um movimento relacionado a um conceito que me interessa”.
Alguns deles são ícones:
Da pintura (Salvador Dalí e Vincent Van Gogh);
Do cinema (Tim Burton, Quentin Tarantino e Stanley Kubrick);
Dos quadrinhos e mangás (Osamu Tesuka, Robert Crumb e Stan Lee);
Da música (Ian Curtis, David Bowie e Siouxie Sioux)
e da literatura (Nick Hornby e Oscar Wilde).
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➤A&M, com Fontes:
Epoca.globo.com / Uol.com.br
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