quarta-feira, 22 de novembro de 2017

POLÊMICA | Youtuber Kéfera Buchmann condenada a pagar R$ 25 mil de indenização a taxista, após ser expulsa do veículo

Juiz considerou que a atriz usou sua força nas redes sociais para promover ‘vingança pessoal’; e que após publicar vídeo em que discutia e revelava o celular do motorista, ele recebeu mais de 5 mil ligações de ameaças –inclusive de morte.

Kéfera Buchmann (imagem|Reprodução)
Da  R e d a ç ã o 
A t o r e s  &   M í d i a s

A YOUTUBER e atriz Kéfera Buchmann foi condenada a pagar R$ 25 mil por danos morais a um taxista por ter divulgado o vídeo de uma discussão entre eles. A sentença cita que ela agiu de forma inconsequente por conclamar seus milhares de fãs a perseguir o motorista, que teria recebido cerca de 5 mil ameaças físicas e de morte e sido bloqueado pelo aplicativo Easy Taxi.

Em sua sentença, publicada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo no último dia 13 de novembro, o juiz afirma que a atitude da youtuber foi desproporcional e realizada apenas por "vingança pessoal". Ele também afirma que o taxista recebeu mais de 5 mil ligações após os vídeos, "em tom de ameaça de agressão e inclusive de morte".

ENTENDA O CASO

Em 2015, a youtuber pegou um táxi em São Paulo e se desentendeu com o condutor, Wlamir Gonçalves da Silva, que, segundo ela, dirigia de forma imprudente. Ele não teria gostado e a repreendeu por comer uma marmita dentro do veículo. No fim, Kéfera acabou expulsa no meio da rua. Ela registrou tudo com a câmera do celular e publicou um vídeo editado, divulgando o nome do taxista, a placa do carro e o número do celular.

No processo, Silva diz que precisou trocar de celular por causa das milhares de mensagens que recebeu, o que o levou a perder contatos de clientes. As chamadas do aplicativo também foram suspensas sem que ele pudesse recorrer. Denunciado ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), ainda perde corridas por ser reconhecido pelos passageiros, de quem ouve xingamentos.
Cartaz do novo filme de Kéfera Buchmann
com Cássio Gabus. (imagem|Reprodução)

Segundo o processo, o taxista pediu que a youtuber parasse de comer de uma marmita. 

O taxista afirma que o cheiro poderia incomodar outros passageiros, e que poderia ficar com ânsia de vômito por um problema de saúde. Ela se recusou e começou a discutir.

Kéfera diz que recebeu autorização para comer, e que a discussão teve início após pedir para o que o motorista diminuísse a velocidade. 


Depois disso, ela afirma que foi expulsa do táxi em "avenida movimentada e desconhecida", em um "clima de verdadeiro filme de terror".

O Google também foi condenado a retirar do ar todos os vídeos que mencionem o taxista. 
Apesar disso, ainda é possível encontrar alguns vídeos reproduzidos em canais na plataforma do YouTube sobre o assunto, tanto da versão em vídeo da youtuber, quanto da versão do taxista, em áudio e prints das publicações no Facebook

AS PROVAS


Nos vídeos publicados à época em sua conta no Snapchat, Kéfera aparece discutindo com Silva, mostra o rosto do taxista revela seu nome, a placa de seu veículo e o número de seu celular, pede para que seus fãs façam reclamações ao Departamento de Transportes Públicos (DTP), e sugere aos seus milhões de seguidores que liguem para o taxista.

"Taí as informações dele. Você já sabe o que fazer: vamos denunciar, porque eu acho que esse cara não merece pegar nenhum outro passageiro, para ser ‘escroto’ como ele foi (...) Também daí se a gente manter o telefone dele bem ocupado ele não vai poder aceitar nenhum outro passageiro nesse táxi, pelo menos hoje, ele não vai ser babaca com mais ninguém. Vamos fazer isso, vamos ligar para ele?”, disse ela, convocando seus milhões de seguidores pelo aplicativo Snapchat .

No mesmo dia do ocorrido o taxista também se pronunciou em sua conta no Facebook. "Após chamar a sua atenção, ela começou a ficar histérica e a gritar como uma louca, quando eu pedi para ela descer, pois tenho problemas com odores. Aonde ela disse que não iria descer, e que ela estava pagando, e eu teria que levar ela até o seu destino (...) Essa moça além de denegrir a minha imagem jogou no ventilador o meu telefone e WhatsApp (...) ainda hoje fui ameaçado por um grupo de jovens” desabafou ele.

Em sua decisão, o juiz afirma que após os vídeos o motorista recebeu mais de 5 mil ligações diversos "em tom de ameaça de agressão e inclusive de morte". Com isso, ele avalia que o taxista "acabou prejudicado não apenas em sua honra e imagem mas também em sua atividade profissional". O valor de R$ 25 mil foi determinado por ser "o que melhor se adapta às circunstâncias", já que Silva pedia 100 salários mínimos.

Segundo reportagem do site G1, até a terça-feira (21) Kéfera não havia respondido aos pedidos de comentários. O caso ainda cabe recurso.


>+Com Fontes:
www.g1.globo.com
www.veja.abril.com.br


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