Até o dia 15 de julho, Rio Preto respira cultura com apresentações de teatro em diversos pontos da cidade, ações formativas, performances e música boa. (Fotos da matéria /Ferdinando Ramos). |
Por Clóvis Assis
Da Redação
Atores & Mídias
O espetáculo “Suassuna - O Auto do Reino do Sol” deu as boas-vindas ao FIT - Festival Internacional de Teatro, de São José do Rio Preto/SP, na noite da quinta-feira(06), no Teatro Nelson Castro, às margens da Represa Municipal.
A produção, que chegou aos palcos do Rio de Janeiro em junho, fez sua estreia no Estado de São Paulo, no festival rio-pretense. Este ano, o FIT contempla 23 espetáculos, sendo quatro produções internacionais, 16 nacionais e três montagens de Rio Preto.
A peça pôde ser vista por toda a família e trouxe uma série de características de seu grande homenageado, Ariano Suassuna, defensor incansável da brasilidade e da valorização da cultura popular.
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O FIT - Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto - acontece de 6 a 15 de julho e promove o encontro entre atores, diretores, produtores, técnicos, críticos e público do Brasil e do mundo.
Criado em 1969 pela Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto como Festival Nacional de Teatro Amador, em 2001 ampliou suas fronteiras e assumiu dimensão internacional, a partir de uma parceria com o Sesc São Paulo.
O Festival anualmente leva aos palcos, às ruas e espaços alternativos, as diferentes possibilidades de diálogo com o teatro na contemporaneidade.
A produção, que chegou aos palcos do Rio de Janeiro em junho, fez sua estreia no Estado de São Paulo, no festival rio-pretense. Este ano, o FIT contempla 23 espetáculos, sendo quatro produções internacionais, 16 nacionais e três montagens de Rio Preto.
O espetáculo ‘Suassuna’, da companhia carioca Barca dos Corações Partidos, com texto de Braulio Tavares homenageia o dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna (1927-2014), um dos principais nomes da cultura brasileira, que completaria 90 anos no dia 16 de junho de 2017.
Durante a encenação, o público foi guiado por um palhaço, que cumpre a função de mestre de cerimônias. A trupe de circo-teatro cruza o sertão rumo à fictícia Taperoá, cantando tragédias sertanejas, a luta entre famílias rivais, a dor, o amor e as tramas da vida.
Durante a encenação, o público foi guiado por um palhaço, que cumpre a função de mestre de cerimônias. A trupe de circo-teatro cruza o sertão rumo à fictícia Taperoá, cantando tragédias sertanejas, a luta entre famílias rivais, a dor, o amor e as tramas da vida.
A peça pôde ser vista por toda a família e trouxe uma série de características de seu grande homenageado, Ariano Suassuna, defensor incansável da brasilidade e da valorização da cultura popular.
Ter uma obra com a direção de Vasconcelos abrindo o FIT é apostar em um início que reconhece o valor da cultura brasileira e com isso, fez uma brilhante homenagem ao mestre Suassuna.
"Esta produção foi uma ótima escolha para abrir a 17ª edição do Festival, no principal cartão postal da cidade, com a arena de teatro totalmente revitalizada”, afirmou Pedro Ganga, secretário de Cultura da cidade e um dos coordenadores gerais do FIT.
O diretor de “Suassuna - O Auto do Reino do Sol”, Luiz Carlos Vasconcelos, tem uma antiga relação com o Festival, com passagens memoráveis pela cidade. “Vasconcelos, que é paraibano, tem uma afetuosa relação com o festival de Rio Preto. Em anos em que o festival ainda era nominado Festival Nacional de Teatro Amador, Vasconcelos e o Teatro do Piolim, trouxeram a inesquecível montagem de Vau da Sarapalha, que arrebatou a plateia e depois seguiu carreira vitoriosa por todo o Brasil e Exterior. É um encenador que reconhece em sua função a importância da presença de elementos da brasilidade nas encenações”, disse um dos curadores e coordenadores executivos do FIT, Jorge Vermelho.
Vasconcelos é formado em Letras e fez cursos de teatro na Dinamarca. Apaixonado por circo e teatro, integrou a Intrépida Trupe e desde 1978, atua como Xuxu, opalhaço cidadão, depois de testar vários tipos circenses.
Fundou também a Escola de Teatro e Circo Piolim. Tornou-se conhecido nacionalmente como encenador com o espetáculo ‘Vau da Sarapalha’, de Guimarães Rosa, acumulando prêmios e prestígio.
O diretor de “Suassuna - O Auto do Reino do Sol”, Luiz Carlos Vasconcelos, tem uma antiga relação com o Festival, com passagens memoráveis pela cidade. “Vasconcelos, que é paraibano, tem uma afetuosa relação com o festival de Rio Preto. Em anos em que o festival ainda era nominado Festival Nacional de Teatro Amador, Vasconcelos e o Teatro do Piolim, trouxeram a inesquecível montagem de Vau da Sarapalha, que arrebatou a plateia e depois seguiu carreira vitoriosa por todo o Brasil e Exterior. É um encenador que reconhece em sua função a importância da presença de elementos da brasilidade nas encenações”, disse um dos curadores e coordenadores executivos do FIT, Jorge Vermelho.
Vasconcelos é formado em Letras e fez cursos de teatro na Dinamarca. Apaixonado por circo e teatro, integrou a Intrépida Trupe e desde 1978, atua como Xuxu, opalhaço cidadão, depois de testar vários tipos circenses.
Fundou também a Escola de Teatro e Circo Piolim. Tornou-se conhecido nacionalmente como encenador com o espetáculo ‘Vau da Sarapalha’, de Guimarães Rosa, acumulando prêmios e prestígio.
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Graneleiro sedia o 'bar' do festival
A noite de abertura do FIT não acabou com a encenação do espetáculo 'Suassuna – O auto do reino do sol”.
Continuou no Graneleiro, espaço da Swift que promete ser de encontros e novas experimentações nas noites do FIT deste ano. Artistas, plateia, produtores e técnicos, além do público em geral, são convidados ao encontro e trocas de experiências.
Ambientado em um espaço com mais de 3.000 m² de área construída, o espaço, que serviu como silo entre as décadas de 1940 e 1960, empresta sua arquitetura de influência inglesa para as noites de celebração com uma programação especial com DJs, performances, intervenções e shows musicais.
A programação é voltada para maiores de 18 anos. A entrada é gratuita e é preciso retirar ingressos no local uma hora antes da abertura de cada noite.
“O lugar de encontro é um corpo vibrante dentro do Festival. É para lá que o público e artistas levam suas impressões, ânsias e desejo pós peças. O espaço comum reverbera o clima do Festival e as atividades também possibilitam que as discussões sobre as artes continuem”, disse Graziela Nunes, uma das curadoras e coordenadoras executivas do FIT.
Para a noite de abertura do Festival, o espaço contou como DJ rio-pretense Basim comandando as picapes. Ele é campeão do DMC Brasil 2016. Nas carrapetas de Basim, uma seleção de música negra norte-americana dos anos 70, o soul/funk brasileiro da década de 80 e o hip hop universal.
Luiz Carlos Vasconcelos, diretor do espetáculo Suassuna fez outra participação na noite de estreia do Festival.
Ele inaugurou a programação intitulada Mic Aberto - o microfone aberto, na qual muitos dos artistas que estão nos espetáculos da programação do Festival se aventuraram a fazer outro tipo de participação no FIT: ocuparam o microfone com suas considerações sobre temas diversos, que foram da poesia à não concordância; do grito de alerta ao brado de repulsa.
Ainda na primeira noite do Graneleiro, Eliane Zacharias e Esdras Nunes apresentaram standards do jazz e do soul, a partir da década de 1930, ponto áureo do ritmo, até os dias atuais.
Graneleiro sedia o 'bar' do festival
A noite de abertura do FIT não acabou com a encenação do espetáculo 'Suassuna – O auto do reino do sol”.
Continuou no Graneleiro, espaço da Swift que promete ser de encontros e novas experimentações nas noites do FIT deste ano. Artistas, plateia, produtores e técnicos, além do público em geral, são convidados ao encontro e trocas de experiências.
Ambientado em um espaço com mais de 3.000 m² de área construída, o espaço, que serviu como silo entre as décadas de 1940 e 1960, empresta sua arquitetura de influência inglesa para as noites de celebração com uma programação especial com DJs, performances, intervenções e shows musicais.
A programação é voltada para maiores de 18 anos. A entrada é gratuita e é preciso retirar ingressos no local uma hora antes da abertura de cada noite.
“O lugar de encontro é um corpo vibrante dentro do Festival. É para lá que o público e artistas levam suas impressões, ânsias e desejo pós peças. O espaço comum reverbera o clima do Festival e as atividades também possibilitam que as discussões sobre as artes continuem”, disse Graziela Nunes, uma das curadoras e coordenadoras executivas do FIT.
Para a noite de abertura do Festival, o espaço contou como DJ rio-pretense Basim comandando as picapes. Ele é campeão do DMC Brasil 2016. Nas carrapetas de Basim, uma seleção de música negra norte-americana dos anos 70, o soul/funk brasileiro da década de 80 e o hip hop universal.
Luiz Carlos Vasconcelos, diretor do espetáculo Suassuna fez outra participação na noite de estreia do Festival.
Ele inaugurou a programação intitulada Mic Aberto - o microfone aberto, na qual muitos dos artistas que estão nos espetáculos da programação do Festival se aventuraram a fazer outro tipo de participação no FIT: ocuparam o microfone com suas considerações sobre temas diversos, que foram da poesia à não concordância; do grito de alerta ao brado de repulsa.
Ainda na primeira noite do Graneleiro, Eliane Zacharias e Esdras Nunes apresentaram standards do jazz e do soul, a partir da década de 1930, ponto áureo do ritmo, até os dias atuais.
A noite teve ainda na programação a instalação ‘O buraco é mais embaixo’ (The holeis furtherdown). Nela, a atriz Luciana Ramin interpretou Lady Darling em um recorte de músicas e imagens do universo tropical urbano sob a insurgência de cores e formas encontradas nos trópicos – e dos utópicos.
>Serviço
Festival Internacional de Teatro de Rio Preto 2017.
Festival Internacional de Teatro de Rio Preto 2017.
De 6 a 15 de julho em vários locais de Rio Preto.
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página oficial do evento
SOBRE O FESTlVAL |
O FIT - Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto - acontece de 6 a 15 de julho e promove o encontro entre atores, diretores, produtores, técnicos, críticos e público do Brasil e do mundo.
Criado em 1969 pela Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto como Festival Nacional de Teatro Amador, em 2001 ampliou suas fronteiras e assumiu dimensão internacional, a partir de uma parceria com o Sesc São Paulo.
O Festival anualmente leva aos palcos, às ruas e espaços alternativos, as diferentes possibilidades de diálogo com o teatro na contemporaneidade.
>>SAlBA MAlS