segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

POLÊMICA | Antonio Fagundes alerta que 'teatro está morrendo' e critica política de incentivo cultural no Brasil

Em cartaz com o espetáculo 'Baixa Terapia', em São Paulo, com ingressos que custam R$ 100, o ator de 68 anos defende que um dos algozes das artes cênicas é a Lei de incentivo cultural do País. 

(Foto|Reprodução)
🎬 Da Redação             
 A t o r e s  &  M í d i a s

EM ENTREV
ISTA à coluna Mônica Bergamo, neste domingo (25), Fagundes é categórico: "Se você abrir os guias de teatro, vai ver que só 10% têm mais de cem lugares. Essas 'salinhas', com a ausência de patrocínio, podem fechar todas. Acabar. Então, essa turma aí que tá reclamando, [dizendo] 'Como que eu faço, eu que tô começando?', que vai pra essas salinhas… Se fodeu". 

O ator reconhece ainda que o "Estado tem a obrigação de cuidar da cultura", mas discorda que a lei de incentivo seja a melhor forma. "Talvez, se a gente não deixasse os teatros das periferias sucateados, equipasse boas salas e oferecesse aluguel barato, divulgação em massa… Talvez a gente não precisasse gastar tanto e o resultado fosse melhor", listou.

Na opinião do ator, os realizadores que dependem do governo e de empresas "não aprenderam nada", além de captar. Segundo ele, a chave é ouvir o público. "Não aprendeu que não pode cobrar R$ 5 pelo ingresso. Custa caro [fazer um espetáculo]!".

Segundo a coluna, mais de 90 mil pessoas já viram Baixa Terapia desde março de 2017, com sessões lotadas - "sem parceria com estado ou com empresas", nas palavras de Fagundes. A comédia aborda o encontro de três casais em uma sessão de análise, sem a psicóloga.

🎬 Com informações de: 
Mônica Bergamo www1.folha.uol.com.br
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