segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

CULTURA | Bolsonaro estuda recriar Ministério da Cultura se Regina Duarte aceitar convite; atriz decide se irá assumir o cargo nesta segunda, 20

Pasta foi extinta, mas pode voltar a existir com a entrada de Regina Duarte, após Alvim ser demitido por vídeo com referências nazistas; Para governo o nome da atriz é forte demais para a secretaria, por isso reavalia a recriação do Ministério.

Regina Duarte e Bolsonaro, então candidato em 2019 (Twitter/Jair Bolsonaro)
➧ Fonte:               
Estadão Conteúdo
19 jan 2020


REGINA Duarte ainda não decidiu se aceitará o cargo de secretária especial da Cultura oferecido a ela pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira 17. 

De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, para abrigar a atriz no governo federal, Bolsonaro avalia recriar o Ministério da Cultura, segundo interlocutores do Planalto. 
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A leitura do governo é que o nome da artista é muito reconhecido para um status de secretaria, que era comandada até anteontem (17) pelo dramaturgo Roberto Alvim. Ele foi demitido do cargo após protagonizar um vídeo com referências ao nazismo.

Bolsonaro e Regina Duarte devem se encontrar amanhã (20) no Rio de Janeiro
Segundo uma fonte que acompanha as discussões para sucessão no comando da Cultura, o presidente e a atriz combinaram um encontro pois querem uma “conversa olho no olho”

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A interlocutores, o presidente disse que a atriz pretende entender o que Bolsonaro espera dela, caso aceite o cargo; e considerou que Regina foi “humilde” ao afirmar que não está preparada para comandar a cultura no governo federal. 

Ele comparou a frase da atriz com as próprias falas, pois já disse não ser o melhor nome a presidente, segundo a mesma fonte. 

Para o presidente, não é um problema que Regina já tenha feito críticas ao governo, uma vez que todos teriam o direito a divergir.

O jornal O Estado de S.Paulo afirmou que o governo estuda recriar o Ministério da Cultura (extinto no ano passado, primeiro ano do governo Bolsonaro) para abrigar Duarte

A avaliação, segundo fontes ouvidas pelo jornal, seria de que o nome dela é forte demais para apenas uma secretaria.

'PLANO B'

O Estado também apurou que, caso Regina não aceite o convite, uma das opções cotadas é o ator Carlos Vereza. Procurada pela imprensa, a assessoria de Regina afirmou que ela não pode se manifestar até esta segunda-feira (20).

A recriação do Ministério da Cultura pode ser feita por meio de Medida Provisória (MP), que passa a valer quando é publicada no Diário Oficial, mas precisa de aval do Congresso Nacional para seguir em vigor. 

Em 2019, os deputados rejeitaram uma emenda para recriar este ministério, apresentada sobre a MP que estruturou a administração do governo Bolsonaro, rebaixando o status da pasta à Secretaria de Cultura.
'Sou chamada de fascista', diz atriz sobre apoio a Bolsonaro

ASSUMIDAMENTE de direita e aliada do presidente Jair Bolsonaro desde que o político se candidatou à Presidência, Regina Duarte já havia sido cotada para cargos no passado. 

Em entrevista ao apresentador Pedro Bial no ano passado, a atriz disse ser chamada de “fascista” por pessoas de oposição ao governo, e disse que sente certa censura por parte de quem discorda de Bolsonaro

“E eu achando que vivia em uma democracia, onde eu tenho o direito de pensar de acordo com o que eu quero. Eu respeito todo mundo que pensa diferente de mim. Não saio xingando as pessoas por aí”, disse a atriz.
REFERÊNCIAS NAZISTAS

A atriz Regina Duarte foi convidada por Bolsonaro para assumir a secretaria depois da demissão do então secretário, Ricardo Alvim

Em vídeo divulgado na quinta-feira 16, Alvim parafraseou trechos de um discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista entre 1933 e 1945 e braço-direito do ditador Adolf Hitler

O governo nazista de Hitler matou mais de seis milhões de judeus antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

Com a repercussão negativa de suas declarações, Alvim foi demitido nesta sexta-feira (17), ao publicar um vídeo nas redes sociais com o objetivo de divulgar um novo prêmio nacional para as artes.

Ricardo Alvim: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada.”
A fala é parecida a um pronunciamento de Goebbels direcionado à diretores de teatro que consta da obra “Joseph Goebbels: Uma biografia”, do historiador alemão Peter Longerich. 
Joseph Goebbels: “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande pathos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada.”
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Com informações de:
exame.abril.com.br
estadao.com.br
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➧EDITADO POR:
CLÓVIS ASSIS | ATORES & MÍDIAS
Ator, Jornalista e Redator

➧PUBLICADO EM:

Segunda, 20/01/2020
às 00h05 | Rio Preto, SP

➧MARCADORES: 

>CELEBRIDADES, >CULTURA, >PESSOAS, >POLITICA CULTURAL
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