O especial de natal 'A Primeira Tentação de Cristo', do Porta dos Fundos, causa revolta entre cristãos que acusam o filme de blasfêmia por mostrar sexualidade controversa a personagens bíblicos; Um abaixo-assinado, que pede pela remoção do longa da Netflix, já tem mais de um milhão de assinaturas.
⏩ Da Redação
A t o r e s & M i d i a s
➯16/12/2019, 23h44
➯16/12/2019, 23h44
O POLÊMICO especial de Natal do canal Porta dos Fundos continua dando o que falar na imprensa e nas mídias sociais. O filme A Primeira Tentação de Cristo, que estreou em 3 de dezembro na Netflix, está causando repulsa entre os cristãos por causa da representação de personagens e passagens bíblicas.
O filme dirigido por Rodrigo Van Der Put mostra Deus (Antonio Tabet), Maria (Evelyn Casto) e José (Rafael Portugal) como um triângulo amoroso. Jesus Cristo (Gregório Duvivier), por sua vez, aparece como gay, e retornando de uma viagem de 40 dias pelo deserto com Orlando (Fábio Porchat), seu namorado.
O longa tem acumulado polêmicas entre líderes religiosos, que têm se sentido agredidos pela abordagem do roteiro ao trazer às telas uma sexualidade controversa a personagens bíblicos.
Desacatados em sua fé e ridicularizados em suas crenças religiosas, grupos cristãos teceram críticas ao filme, aos atores, ao grupo de humor e aos personagens, como se vê massivamente nas redes sociais.
O furor foi tanto, e ganhou tamanha repercussão na internet, que o cerimonialista Alex Brindejoncy lançou um abaixo-assinado no site Change.Org, que já conta com a adesão de mais de 1,7 milhões de internautas.
O objetivo é chegar á mais de 3 milhões de assinaturas pela remoção do filme do catálogo da Netflix. A petição também pede para que o grupo Porta dos Fundos seja responsabilizado por blasfêmia.
O enunciado diz: “Pela remoção do filme do catálogo da Netflix e para que o Porta dos Fundos seja responsabilizado pelo crime de vilipêndio à fé. Também desejamos uma retratação pública, pois ofenderam gravemente os cristãos“.
Além dos religiosos, muitos políticos, artistas, historiadores e jornalistas, em sua maioria, acusam o canal Porta dos Fundos de blasfêmia com seu especial de natal.
"Porta dos Fundos agride cristãos e gente simples com humor burro", destacou o colunista Marco Antonio Araujo na manchete de seu artigo publicado no portal noticias.r7.com . "Os humoristas praticam uma blasfêmia oportunista e sem graça", criticou o jornalista.
O ator Carlos Vereza também disparou contra a obra, criticando os autores. "Porta dos Fundos, vocês são lamentáveis como viventes (...) Embora Jesus não precise de defesa, principalmente a minha, vocês imaginam que podem debochar, não do Mestre, que é perdão antecipado, mas do maior país católico do planeta e dos que creem num Ser que modificou a história, antes e depois Dele", publicou Vereza no Facebook.
O ator Carlos Vereza também disparou contra a obra, criticando os autores. "Porta dos Fundos, vocês são lamentáveis como viventes (...) Embora Jesus não precise de defesa, principalmente a minha, vocês imaginam que podem debochar, não do Mestre, que é perdão antecipado, mas do maior país católico do planeta e dos que creem num Ser que modificou a história, antes e depois Dele", publicou Vereza no Facebook.
'Pode deixar que eu me resolvo com Deus, não precisa se preocupar não', diz Porchat
Depois de grupos religiosos terem feito abaixo-assinados na internet na tentativa de boicotar o especial de Natal A Primeira tentação de Cristo, disponível na Netflix, Fábio Porchat se pronunciou.
O ator e um dos sócios do canal Porta dos Fundos manifestou em seu perfil no Twitter, postado na quarta-feira (11), que ele mesmo se resolve com Deus, e que não vê problema na obra que atuou, na qual ele mesmo faz o par romântico de Jesus.
É claro que a polêmica gerou fortes críticas.
Para se ter ideia, Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente da República, publicou em sua conta no Twitter uma imagem com o poster do especial natalino em questão junto aos dizeres “Netflix ataca Cristãos”.
No texto que acompanha a imagem, o filho do presidente comenta que o especial mostra Jesus Cristo como homossexual e teria se recusado a pregar a palavra de Deus.
O politico finalizou seu comentário com um questionamento: "Somos a favor da liberdade de expressão, mas vale a pena atacar a fé de 86% da população? Fica a reflexão".
O deputado também se manifestou em seu perfil no Instagram: "Trata-se apenas de desrespeito a fé alheia", escreveu ele na legenda do vídeo postado com o trecho de sua fala na reportagem sobre a polêmica veiculada no Domingo Espetacular, da Record TV. (Assista abaixo).
DEPUTADO DO DF PEDE A SÉRGIO MORO REPRESENTAÇÃO CRIMINAL
Já o deputado Julio Cesar Ribeiro, do Republicanos do Distrito Federal, enviou um ofício a Sergio Moro, pedindo que haja a “apuração e representação criminal” contra os humoristas do Porta dos Fundos. A informação é do diariodocentrodomundo.com.br.
Para se ter ideia, Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente da República, publicou em sua conta no Twitter uma imagem com o poster do especial natalino em questão junto aos dizeres “Netflix ataca Cristãos”.
No texto que acompanha a imagem, o filho do presidente comenta que o especial mostra Jesus Cristo como homossexual e teria se recusado a pregar a palavra de Deus.
O politico finalizou seu comentário com um questionamento: "Somos a favor da liberdade de expressão, mas vale a pena atacar a fé de 86% da população? Fica a reflexão".
O deputado também se manifestou em seu perfil no Instagram: "Trata-se apenas de desrespeito a fé alheia", escreveu ele na legenda do vídeo postado com o trecho de sua fala na reportagem sobre a polêmica veiculada no Domingo Espetacular, da Record TV. (Assista abaixo).
DEPUTADO DO DF PEDE A SÉRGIO MORO REPRESENTAÇÃO CRIMINAL
Já o deputado Julio Cesar Ribeiro, do Republicanos do Distrito Federal, enviou um ofício a Sergio Moro, pedindo que haja a “apuração e representação criminal” contra os humoristas do Porta dos Fundos. A informação é do diariodocentrodomundo.com.br.
Segundo o deputado, a produção violou o artigo 208 do Código Penal — “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”. O crime, de acordo com o Código Penal, pode levar à prisão de um mês a um ano, ou multa.
DEPUTADO MARCO FELICIANO
O deputado Federal Marco Feliciano também foi contra a produção e disse que “está na hora de uma ação conjunta das igrejas e pessoas de bem para dar um basta nisso”.
JUIZ FEDERAL PRETENDE PROCESSAR A NETFLIX
Segundo informações do jornalista Guilherme Simmer do site metropoles.com, agora é o juiz federal William Douglas quem pretende processar a Netflix pelo filme A Primeira Tentação de Cristo.
“Escolher a principal data do calendário cristão para nos ofender é uma vergonha”, escreveu o magistrado em suas redes sociais.
"Pretendo processar a empresa por ofensa ao sentimento religioso. Se ofende minha crença ou a de outrem, me ofende também. E vamos usar a lei. Viva o respeito ao próximo!”, completou.
BISPO PEDE QUE FIÉIS CANCELEM ASSINATURA
BISPO PEDE QUE FIÉIS CANCELEM ASSINATURA
Dom Henrique Soares da Costa, bispo da Diocese de Palmares (PE), fez um post no Facebook criticando a produção. "Eu era assinante da Netflix. Nesta semana, desfiz a minha assinatura", diz o religioso.
"Imaginem um filme debochado e desrespeitoso ao extremo com alguém a quem você ama — com o seu pai, com a sua mãe, com coisas que lhe são muito caras e definem e alicerçam a sua vida... Como reagir?”, finaliza o bispo, que também pede para que os fiéis cancelem a assinatura no serviço de streaming.
⏩Com informações de:
metropoles.com
veja.abril.com.br
rd1.com.br
observatoriog.bol.uol.com.br
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➧EDITADO POR:
Blog sobre Pessoas, Artes & Meios.
➧Clóvis Assis é Ator, Jornalista e Redator
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